Má Absorção à Frutose
Relato de Caso
História Prévia
Paciente sexo masculino 2 anos e 4 meses, apresenta queixa de distensão abdominal associada a flatulência com eliminação de flatos e dor abdominal recorrente há 7 meses. A partir do início dos sintomas tem periodicamente apresentado alteração do hábito intestinal alternando evacuações com fezes amolecidas quase diarreicas e fezes pastosas consideradas normais como até então era seu hábito intestinal. Mãe refere que o paciente passou a ingerir na escola e em casa, grande quantidade de sucos de frutas em particular, suco de maçã e pera. Até o início da queixa, o menor costumava a ingerir apenas suco de laranja. A mãe refere que o menor ao despertar pela manhã não apresenta distensão abdominal e nem tão pouco flatulência. Os sintomas acima referidos começam a surgir com o decorrer do dia e principalmente à tarde. Mãe refere que o paciente tem bom apetite, não perdeu peso neste período e tem boa atividade e disposição físicas, apesar da distensão abdominal.
Antecedentes Alimentares:
Desjejum- Leite integral com pão e manteiga, queijo ou requeijão.
Almoço e Jantar- dieta geral da panela da família, com suco de frutas (mação, pera, uva ou laranja).
Lanche- suco de fruta em caixinha, bolacha doce, pão bisnaga e banana
Exame físico
Bom estado geral. Ativo. Contatando-se bem com o ambiente. Abdome globoso e discretamente abaulado. Tecido celular subcutâneo bem desenvolvido e musculatura trófica e tônica. Peso 12,500kg e Altura 85cm.
Hipótese Diagnóstica:
Síndrome do Intestino Irritável associada a Má absorção de Frutose
Exames:
Testes do Hidrogênio no ar expirado com sobrecargas de: Glicose, Frutose, Lactose e Lactulose
Resultados: Todos os testes resultaram normais com exceção do teste de Frutose que revelou produção de 30 ppm de Hidrogênio no ar expirado sobre o valor de jejum a partir dos 90 minutos da prova.
Diagnóstico: Má absorção à Frutose
Conduta: Restringir a ingestão de sucos de frutas contendo altos teores de Frutose.
Evolução: Mãe refere que ao seguir a orientação dietética após 3 dias o paciente voltou a ter as evacuações normalizadas e desapareceu a flatulência associada eliminação excessiva de gases.