Professor Emérito Ulysses Fagundes Neto: O reconhecimento do legado da plena dedicação devotada ao engrandecimento perene da Escola Paulista de Medicina
Prof. Dr. Ulysses Fagundes Neto
O reconhecimento do legado da plena dedicação devotada ao engrandecimento perene da Escola Paulista de Medicina
Corria algum dia do mês de janeiro de 2021, quando inesperadamente fui surpreendido por um telefonema do Diretor da Escola Paulista de Medicina (EPM), Professor Manuel Girão, que de uma forma muito singela, assim se dirigiu a mim: “estimado professor Ulysses, você gostaria que eu indicasse seu nome à Comissão de Títulos para receber o título de Professor Emérito? Esta será uma indicação da diretoria da EPM em consideração à sua plena dedicação para o engrandecimento da nossa Instituição”. Confesso que em um primeiro momento fiquei atônito, não estava na minha expectativa, naquele momento, ser selecionado para semelhante honraria. Uma vez recobrado o fôlego respondi que me sentiria profundamente grato e orgulhoso pela tão honrosa indicação. Assim, em fevereiro do mesmo ano meu nome foi submetido à apreciação da Comissão de Concessão de Títulos Honoríficos da EPM. Logo após terminada a reunião da Comissão fui informado pela sua Presidente a Profa. Lydia Massako Ferreira que meu nome havia sido aprovado por unanimidade pelos componentes dela, a qual era composta por Professores Titulares da EPM. Em seguida esta decisão foi submetida à apreciação da Congregação da EPM, e, novamente, meu nome foi aprovado por unanimidade. Foi, então, marcada a data de 24 de agosto de 2021 para ser outorgada, a mim tal honraria, em uma sessão solene da Congregação.
Corria algum dia do mês de janeiro de 2021, quando inesperadamente fui surpreendido por um telefonema do Diretor da Escola Paulista de Medicina (EPM), Professor Manuel Girão, que de uma forma muito singela, assim se dirigiu a mim: “estimado professor Ulysses, você gostaria que eu indicasse seu nome à Comissão de Títulos para receber o título de Professor Emérito? Esta será uma indicação da diretoria da EPM em consideração à sua plena dedicação para o engrandecimento da nossa Instituição”. Confesso que em um primeiro momento fiquei atônito, não estava na minha expectativa, naquele momento, ser selecionado para semelhante honraria. Uma vez recobrado o fôlego respondi que me sentiria profundamente grato e orgulhoso pela tão honrosa indicação. Assim, em fevereiro do mesmo ano meu nome foi submetido à apreciação da Comissão de Concessão de Títulos Honoríficos da EPM. Logo após terminada a reunião da Comissão fui informado pela sua Presidente a Profa. Lydia Massako Ferreira que meu nome havia sido aprovado por unanimidade pelos componentes dela, a qual era composta por Professores Titulares da EPM. Em seguida esta decisão foi submetida à apreciação da Congregação da EPM, e, novamente, meu nome foi aprovado por unanimidade. Foi, então, marcada a data de 24 de agosto de 2021 para ser outorgada, a mim tal honraria, em uma sessão solene da Congregação.
Infelizmente, por uma contingência inesperada, na semana imediatamente anterior à data estabelecida para a realização do evento, Professor Girão foi acometido pela infecção por COVID, o que levou ao cancelamento da festividade. O destino mostrou-se extremamente cruel e o Professor Girão caiu gravemente enfermo. Tragicamente, após 2 meses de uma longa batalha pela sobrevivência, com muito sofrimento, ele veio a falecer. Em virtude do passamento do Prof. Girão a supra referida premiação permaneceu suspensa sine die.
Finalmente, no dia 9 de agosto de 2022, o atual Diretor da EPM Prof. Fúlvio Scorza convocou nova sessão solene da Congregação da EPM para a entrega dos títulos honoríficos aos agraciados como Beneméritos, Honoris Causa e Eméritos. Foi uma sessão repleta de emoções tanto pela satisfação dos agraciados como também pela reverência ao saudoso Professor Girão.
Imediatamente após haver recebido o troféu comemorativo da honraria, fui convidado a fazer o uso da palavra.
Nesta oportunidade, disse logo de início que não iria me ater às minhas atividades docentes dedicadas ao ensino, pesquisa e extensão ao longo de mais de 40 anos de vida acadêmica. Decidi que queria falar sobre minha paixão incondicional pela EPM, que nasceu em 1965 quando aqui ingressei como estudante de Medicina. Esta paixão brotou em mim assim que eu tive a honra e orgulho de vestir pela primeira vez a camiseta da nossa gloriosa Associação Atlética Acadêmica Pereira Barreto (AAAPB) para participar das competições interuniversitárias.
Equipe de futebol campeã do campeonato paulista universitário organizado pela FUPE, 1970
Eu praticava 3 esportes, a saber, futebol, futebol de salão e voleibol, e, durante os 6 anos do curso, disputei 6 Pauli-Meds, das quais vencemos 5 delas, 6 Pauli-Polis, das quais vencemos todas, sendo que na primeira delas a nossa Escola não vencia esta tradicionalíssima competição havia 10 anos, e 4 Intermeds das quais vencemos 3. Além disso, nos sagramos vice-campeões de voleibol no campeonato universitário estadual organizado pela Federação Paulista Universitária de Esportes (FUPE) em 1968 e campeões paulistas de futebol em 1970. Neste ano fui eleito pela FUPE atleta do ano na modalidade futebol.
Professora Lydia Massako Ferreira, Professor Fúlvio Scorza, secretária Márcia Grijol e eu.
Os especialistas em relações afetivas dizem que paixão é um sentimento que perdura por 2 ou 3 anos, e após este período, tal sentimento se transforma em amor, amizade, companheirismo. Comigo, porém, ocorreu algo totalmente ao contrário, pois passados exatos 57 anos, minha paixão mantem-se intocável, e disso muito me orgulho. Eu tive que sair da EPM, mas a EPM nunca saiu da minha mente e, mais ainda, nunca saiu do meu coração.